A TEORIA DOS CHAKRAS
Anāhata Chakra: o coração e o amor
Anāhata Chakra é um dos centros energéticos mais ricos e bonitos. Convida-nos a mergulhar nos tesouros inextinguíveis de sentimentos e experiências agradáveis.
Anāhata Chakra é o quarto chakra, o centro energético do plexo cardíaco e, é traduzido como “som não produzido”, o som que surge do interior.
Localizado no centro do peito, sendo por isso conhecido como Centro do Coração, o assento para o amor. Tal como o amor é infinito, assim é este centro energético. A extenção de radiância de anāhata chakra depende da profundidade dos nossos relacionamentos. Quando o nosso coração de abre para fontes de amor, este torna-se infinito, abrindo assim as portas do nosso ser .
A força do amor e da grandeza do coração foi descrita neste episódio do épico Ramayana
Hanuman, o grande devote de Rāma, dizia que Rāma e a sua amada esposa, Sītā, estavam no trono do seu coração. Quando abordado por comentários cépticos, ficou magoado com tamanhas dúvidas e exclamou: “Eu posso provar que falo a verdade!” Com as duas mãos abriu o seu peito – e lá estavam, dentro do seu coração, as imagens vivas de Rāma e Sītā
Vibrando numa frequência de calma, harmonia, equilíbrio e amor, este chakra apresenta-se como uma flor de lótus de cor verde e, o seu som semente é Yam, que significa deixar ir, libertar, dar.
YAMA também se refere aos cinco princípios éticos de Rāja Yoga:
- AHIMSĀ – não violência
- SATYA – honestidade
- ASTEYA – não apropriação
- BRAHMACHARYA – moderação nas acções
- APARIGRAHA –não acumulação / desapego
Purificar a consciência e o coração através destes princípios é a é uma tarefa de uma vida, na medida em que novas situações surgem constantemente. Meditar sobre este chakra permite abrir espaço para que a energia flua livremente, sem medos, tristeza e nervosismo
Localiza-se perto do coração e é considerado a ponte que liga o corpo, a mente e a energia, sendo um símbolo da leveza, simplicidade e expansão que surge quando criamos uma visão desapegada relativamente às experiências de vida.
Anāhata Chakra é representando por um lótus de doze pétalas que abraça no seu interior dois triângulos intersectados (shatkona – “estrela de seis pontas”), que representa a união dos princípios feminino (prakṛiti – “Natureza”) e masculino (puruṣa – “Ser Supremo”).
Os triângulos formam um yantra de seis pontas, símbolo do elemento ar (bhūta vāyu). No centro deste yantra pulsa o bījamantra Yam. Nele aparece novamente o lingam, indicando a presença de um granthi.
Os granthis são nós ao longo da suṣumṇā nāḍī, válvulas de segurança e ao mesmo tempo obstáculos para a ascensão da energia.
As dozes pétalas do lótus de anāhata chakra deixam-nos as seguintes sílabas que estão associadas às doze qualidades divinas que governam o coração:
- kam – felicidade suprema
- kham – paz
- gam – harmonia
- gham – amor
- ngam – compressão e entendimento
- cham – empatia
- chham – clareza
- jam – pureza
- jham – união
- nyam – compaixão
- tam – gentileza e bondade
- tham – perdão
O anāhata cakra é a sede do váyu, o ar vital chamado prána, que está localizado no plexo cardíaco, na altura do coração. O Chakra do coração está relacionado com o toque, mãos pele. Sentimentos como o amor estimulam positivamente o timo (glândula associada a este plexo), aumentando a robustez imunitária.
EQUILÍBRIOS E DESEQUILÍBRIOS DESTE CHAKRA
Em Desequilíbrio:
- anti – social
- julgamento
- solidão
- depressão / desespero
- narcisismo
- fuga de relacionamentos
- dependência
- sem limites
- exigência
- apego
- inveja
- arrogância
- vaidade
Em Equilíbrio:
- compaixão
- empatia
- perdão
- alegria
- amor (próprio e pelos outros)
- gratidão
- integração
- preenchimento
- movimento
- sensibilidade
AFIRMAÇÕES PARA ACTIVAÇÃO DE Anāhata Chakra
“eu sou gentil”
“permito que as minhas acções sejam guiadas de forma amorosa”
“eu liberto-me da carga do passado”
“perdoo, a mim e aos outros”
“eu sou compassivo e equilibrado”
“Só a partir do coração poderemos chegar ao céu”
– Rumi –
Deixa que o coração seja o guia no teu percurso.